terça-feira, 7 de junho de 2011

Notícia: Anvisa exigirá mais dados sobre bancos de embriões

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um regulamento técnico que estabelece os requisitos mínimos para o funcionamento dos Bancos de Células e Tecidos Germinativos (BCTG). Publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira, a resolução atualiza a RDC 33/2006, antiga norma para os BCTG. Com o novo texto, a Anvisa passa a exigir mais informações e detalhes das empresas que lidam com os bancos de células.
As alterações publicadas nesta segunda foram discutidas em reunião na quinta-feira da semana passada. O regulamento, diz o texto, visa a segurança e qualidade das células, tecidos germinativos e embriões utilizados em estabelecimentos públicos ou privados que realizem atividades com BCTG para uso próprio ou doação. Os bancos armazenam óvulos e espermatozóides, que são as células, e os tecidos germinativos ovarianos e testiculares, além dos embriões.
O regulamento passa a exigir mais detalhes no relatório anual com os dados quantitativos de produção de BCTG, enviado por meio do Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio). Outro exemplo de maior cuidado com as amostras é no caso de criopreservação de amostras e embriões. Quando isso for feito, os pacientes devem ser informados da redução da viabilidade das amostras e embriões descongelados, assim como da possibilidade de contaminação cruzada entre as unidades congeladas, com risco de contrair doenças infecciosas. 

 © Terra , 30 de Maio de 2011

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Notícia: Empresa autorizada a guardar células estaminais em adultos no Reino Unido

Um serviço de recolha de células estaminais de tecidos adultos recebeu autorização do instituto britânico regulador para avançar. Quem tiver a possibilidade de o pagar, pode tentar apostar nesta espécie de seguro de vida contra doenças como a Alzheimer ou a diabetes.

Até agora, apenas era possível recolher estas células estaminais a partir do cordão umbilical, e muitas empresas oferecem esse serviço - embora a União Europeia sublinhe que não há vantagens em fazê-lo. A doação de tecidos para bancos públicos, com uma grande variedade genética, e sem ser preciso pagar pela sua conservação, é o recomendado.

O novo, chamado Oristem, recebeu luz verde da Autoridade britânica para os Tecidos Humanos, avançou o jornal “Financial Times”.

Os investigadores tentam explorar o potencial das células estaminais para tratar doenças graves. Agora, a Pharmacells, empresa com sede em Glasgow, na Escócia, que coordena o novo projecto, diz estar a utilizar uma técnica desenvolvida por investigadores norte-americanos para extrair células estaminais do sangue de adulto. Foi desenvolvida pela empresa californiana Moraga Biotechnology.

Estas podem ser guardadas pelo menos durante 20 anos, congeladas, a 80 graus Celsius negativos.

As células estaminais têm que ser recolhidas da pessoa antes da doença se manifestar. Athol Haas, director-executivo da Pharmacells, explica que pequenas quantidades de sangue podem conter células estaminais capazes de dar origem a tecidos mais especializados, que podem fazer a diferença se for preciso combater uma doença. .

No caso de este serviço, - para recolher e guardar aquelas células, durante 20 anos, por três mil libras (cerca de 3300 euros) - ter sucesso no Reino Unido, poderá expandir-se para outros países, admite Athol Haas.

© Público, 04 de Junho de 2011