quarta-feira, 11 de maio de 2011

Notícia: Criopreservação permite que doentes oncológicos tenham filhos


Os tratamentos oncológicos são invasivos a todos os níveis e, como tal, prejudicam também a fertilidade dos pacientes. Por isso, os hospitais da Universidade de Coimbra apostam no congelamento de esperma e tecido ovárico, para que, mais tarde, quem se submete a radio ou quimioterapia possa ter filhos.
Em todo o mundo existem apenas 13 bebés concebidos com recurso à técnica da criopreservação. Em Portugal, estão neste momento a ser acompanhadas 14 grávidas que utilizaram o método.

A Dr.ª Teresa Almeida Santos, especialista de medicina de reprodução dos hospitais universitários de Coimbra, salienta a importância deste método reprodutivo "na medida em que, cada vez mais, os indivíduos jovens em idade reprodutiva e ainda sem filhos têm doenças oncológicas que, hoje em dia, felizmente são curáveis na maioria dos casos – mas são curáveis à custa de uma perda da fertilidade", declarou em entrevista à RTP, citada pelo site Boas Notícias.

Importa, portanto, "antes de iniciar essas terapêuticas que vão lesar a capacidade dos indivíduos de terem filhos mais tarde, guardar os espermatozóides ou os óvulos, para que uma vez completado o tratamento da doença oncológica, os pacientes possam decidir ter filhos e recorrer aos seus gâmetas", acrescenta a médica.

A nível nacional, os hospitais da Universidade de Coimbra são também pioneiros no que toca à reprodução a partir da selecção dos espermatozóides pelo seu aspecto morfológico.

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